terça-feira, 17 de novembro de 2009

E assim caminha a humanidade...


Bianca Oliveira
bianca.oliveira47@hotmail.com

“Ninguém precisa mais de jornais de papel. Estamos em meio a uma era digital.” Os neurônios codificam as palavras que ecoam pelo salão. Surpresa! Fico com ar de reflexão e penso que acabou, mas só penso...“O futuro do jornalismo passa pela internet e os jornais em papel correm sérios riscos de desaparecerem.” Os olhares se cruzam na platéia. Sorrisos amarelos ficam evidentes. É como dizer que papai Noel não existe. É o fim? O jornal impresso corre mesmo o risco de ser assassinado, extirpado, aniquilado? Confusão com mais um pouco de reflexão. Arrebentados na batalha o último golpe vem para matar: “Estamos passando para um novo modelo de jornalismo, o jornalismo virtual.” O esperado...espanto! Novo modelo de jornalismo? Virtual? Extinção do jornal impresso? Acabou? Fim? Hasta la vista baby? Bill Gates e o incrível Jobs devem estar brindando.
A realidade dói, mas não mente. O homem passa seus limites e prova seus conhecimentos de maneira inacreditável. Estamos vivendo a sensacional era digital, fazendo com que a tecnologia mude os tempos e era em que vivemos. Dizem por aí que o jornal de papel não faz mais sentido à velocidade que as coisas aparecem, que já está velho e que entrará em desuso. Coitado! Não pediu pra nascer e muito menos pra morrer, mas aguarda a sua sentença.
A internet veio para correr com o tempo e para passar a frente dele, chegando ao bombardeio de informações e conseqüentemente diminuindo as reflexões. Lembro-me de minha mãe. “Vá ler menina. Isso ajuda na interpretação do mundo.” Não é o que pensam alguns. Gosto da tecnologia e sou a favor dela para o progresso humano, mas vejo que o jornal impresso não precisa ser extirpado das mãos dos leitores fiéis que ainda mantêm as tradições. O papel, o cheiro, o poder de ter o bom e velho jornal nas mãos traz satisfação a muita gente. É o fim? Não sei...quero estar viva pra ver. Enquanto isso a platéia ouve atentamente Leandro Fortes, como um messiânico dizer que vivemos em uma nova era. E assim caminha a humanidade de “rabeira” com o foguete da tecnologia. Bom ou ruim estamos caminhando.

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