terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dois presidentes e duas histórias

Douglas Cardoso

Hoje eu quero agradecer algumas pessoas, que você meu caro leitor, talvez nem saiba quem são. Nicéphore Niépce, Guglielmo Marconi e John Baird. Quem são eles? Esses são os inventores da fotografia, do rádio e da televisão. Você pode estar se perguntando o que esses três cidadãos tem haver com o que vim aqui pra falar. Eu lhe responderia facilmente: Tudo. Graças a eles e a todos os que ajudaram e ajudam a desenvolver os meios de comunicação, é que minha mente gravou duas cenas que jamais eu poderei esquecer, e você vai entender o por que.
1º de janeiro de 2003. É dia de festa, cada um procurando alguma coisa pra fazer, afinal, era feriado. Mas aquele 1º de janeiro não era qualquer começo de ano. Na frente da TV eu presenciava algo que jamais qualquer brasileiro irá esquecer. O dia em que um operário, um simples mortal como eu, assumia a presidência do nosso Brasil. Meus olhos encheram de lágrimas ao ouvir suas palavras: “Hoje é o reencontro do Brasil com os brasileiros”.
20 de janeiro de 2009. Pela TV eu presencio outra cena histórica. Vejo Barack Obama assumir a presidência dos Estados Unidos. Viva a democracia! Até pouco tempo atrás era improvável pensarmos que um negro, filho de pai muçulmano pudesse ser presidente dos EUA. Talvez Bush e seus festivais de erros no comando do país tenham ajudado. Talvez FHC e a crise no fim do seu governo tenham levado Lula a Brasília. Mais isso não importa, o que vale é que eles chegaram lá. O nordestino operário, e o negro filho de muçulmano. Obama ganhou o prêmio Nobel da Paz, por lutar pela paz no mundo, Lula goza de 80% de aprovação e de um respeito inquestionável lá fora, todos o admiram, pois ele é o cara, não é mesmo Obama?
São dois presidentes e duas histórias de vida. São dois homens que souberam construir uma imagem. Lula demorou um pouco, apanhou 12 anos até encontrar um Duda Mendonça em sua vida, que de mãos dadas subiram à rampa do Palácio da Alvorada. Obama sofreu menos, não perdeu as aulas de marketing, e literalmente deu uma lição de como se faz uma bela campanha. Talvez não seja só eu que tenha que agradecer aos três amigos lá de cima.

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