domingo, 22 de novembro de 2009

Assessor de imprensa: perfil e atuação


Ensaio por Débora Schmitt



O assessor de imprensa é o profissional responsável pela relação entre uma empresa, pessoa ou instituição e a imprensa. Ele desenvolve, em uma visão ampla, a aproximação dos meios de comunicação com a realidade da organização que representa, fornecendo aos primeiros, ações e informações jornalísticas de interesse público acerca do seu representado.
O profissional que for se dedicar a essa área deve ter em mente que sua função não será muito diferente da atuação de um jornalista. Ele deve conhecer na íntegra os métodos e formas de atividades jornalísticas, como o processo de produção da notícia, o relacionamento com fontes, a ética da atividade e os meios de lidar com a informação, tendo a consciência de que a comunicação é uma atividade abrangente, que deve envolver todas as áreas da organização, além de se relacionar, indiretamente, com o público externo.
Por se tratar de um processo amplo, o assessor deve ter a habilidade de desenvolver ações que atinjam, da forma esperada, tanto o público interno quanto os mais variados segmentos do público externo. Em relação à atividade em si, o profissional deve saber a forma certa de lidar com a mídia tradicional, levando em consideração que as assessorias em nosso país ainda são tratadas apenas como vozes dos interesses das empresas. Por saber disso, o profissional deve ter a habilidade de prever as reações externas e lidar com as mesmas. Deve também ter a habilidade de equilibrar os jogos de interesses, representando a empresa em seu discurso, mas sem deixar para trás os interesses do público, tanto na forma de escrever, quanto na abordagem dos assuntos.
O assessor de imprensa da FirstCom Comunicação, Rodrigo Capella, complementa algumas características citadas acima e acrescenta alguns ítens interessantes ao perfil do profissional citado. Ele legitima a profissão da assessoria como jornalismo, afirmando que a atividade requer todos os conhecimentos da atividade dos jornalistas. Ele frisa que o assessor deve ter um bom relacionamento com os jornalistas dos meios de comunicação, pois estes podem se auxiliar mutuamente, além de conhecer a rotina dos profissionais desses meios, sabendo quais são as necessidades de cada veículo e a melhor forma de estar se dispondo a eles. Outra observação importante que ele complementa é em relação à confiabilidade. O assessor deve estabelecer relações sólidas com os veículos de comunicação, de forma que seu trabalho e seu produto sejam requisitados e vistos com respeito e credibilidade. Ele acrescenta também que o assessor não deve apenas se responsabilizar por realizar a comunicação da empresa, ele deve se atentar a implementar essa comunicação, através de condutas pró-ativas.
No Brasil, os assessores de imprensa, em sua maioria, possuem formação em jornalismo, comunicação social e até relações públicas. Rodrigo afirma a necessidade da formação comunicacional, mas sugere que os futuros profissionais se atentem para uma especialização em assessoria de imprensa, tornando-se, dessa forma, um assessor melhor preparado e que seria capaz de oferecer um serviço de qualidade extrema ao seu público, seja ele jornalistas ou o público organizacional e/ou externo.


Opinião: Rodrigo Capella. Formado em jornalismo pela Umesp, com pós-graduação em comunicação jornalística, e ênfase em jornalismo institucional, pela PUC-SP. Atualmente, é assessor de imprensa da FirstCom Comunicação, Pinheiros – SP.


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