domingo, 29 de novembro de 2009

Agricultura brasileira aberta à exploração


Por Eder Alfredo


Depois de despertarem interesse em nossas riquezas naturais e de acreditarem que o Brasil é "terra de ninguém" – ou de todo mundo – os gringos querem agora se meter na agricultura do País. O embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, disse que seu país está interessado em “impulsionar investimentos de empresas iranianas no setor agrícola brasileiro”. É como se a agricultura brasileira não pudesse andar com as próprias pernas. É bem verdade que as pernas não andam assim tão bem, mas é só aguardar um pouquinho que as eleições já estão aí, e uma a troca de pernas pode ocorrer – ou pelo menos uma troca passo.

“A idéia é de que empresas privadas iranianas formem parcerias com brasileiras para a produção de soja, milho e etanol”, diz o porta voz iraniano, e acrescenta hipoteticamente crente com o fechamento do acordo: “A produção não teria apenas o objetivo de suprir o mercado iraniano, mas também o de atender a demandas de outros países”. Caso isso ocorra, daremos um passo atrás e voltaremos ao Brasil colônia, não mais de Portugal, mas do mundo, de maneira que as riquezas daqui são exploradas e comercializadas lá fora.

Deixar isso acontecer é assumir que os atuais governantes são incapacitados para administrar a rica agricultura deste país. Vendem esses direitos administrativos como forma de lavar as mãos e livrarem-se de suas respectivas responsabilidades.

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