segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

INTEGRAÇÃO ENTRE COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO

Letícia Ribeiro
leribeirosilva@gmail.com


O lixo tem solução? Essa foi à pergunta que alunos das terceiras e quartas séries do ensino fundamental do Colégio Paraná, responderam ao participarem de oficinas de mídia e educação, coordenadas por acadêmicos de Jornalismo da Faculdade Maringá.
No último semestre, como extensão prática da disciplina mídia e educação, a turma de Jornalismo se dividiu em grupos e aplicou em crianças do ensino fundamental, oficinas envolvendo ferramentas midiáticas e recursos pedagógicos. Para fazer despertar nos alunos atitudes que contribuíssem com a diminuição da produção do lixo.
Mídia e educação, que é a utilização de ferramentas jornalísticas na educação, já foi considerado uma “loucura”. Mas hoje com o avanço da tecnologia, mudanças na forma de educar estão acontecendo, e a escola precisa “atrair” alunos. O sistema de educação bancário, onde o professor deposita conteúdo no aluno, sem considerar o que ele aprende fora da escola, que Paulo Freire criticava, está ultrapassado, e os livros didáticos não são mais tão eficazes.
Segundo a coordenadora do ensino fundamental do colégio, Diva Severiano, a idéia de integrar acadêmicos com alunos partiu dela assim que assumiu o cargo no início do ano. “Entrei em contato com os coordenadores da comunicação e então começou-se a pensar no que podia ser feito”.
A professora Luzia Deliberador, que trabalha na área social da comunicação, precisava passar para os estudantes de Jornalismo, um exercício prático, para avaliar o aprendizado do primeiro semestre. Então, o ensino fundamental e a graduação começaram a fazer um trabalho juntos, com o tema lixo. Os acadêmicos se dividiram em grupos para trabalhar com três mídias, Rádio, TV e HQ (Folhetos) e começaram a aplicar as oficinas.
Segundo Diva, o mais importante é que os estudantes trabalharam dentro do que foi proposto em sala de aula. E essa forma “diferente” de educar, fez com que alunos tímidos se sentissem importantes na frente de câmeras, gravadores.
Cada Turma precisava apresentar ao final das oficinas, uma peça jornalística que trabalhasse o tema proposto. A acadêmica Cristiane Brito, que participou do projeto ministrando oficinas de TV, disse que o bom resultado do trabalho se deve a criatividade e empenho dos alunos. “Eu tinha uma visão diferente de alunos de colégio particular e quando comecei a participar do projeto, encontrei crianças integradas com o tema, o que me fez repensar as minhas atitudes sobre o lixo”.
A coordenadora também enfatizou que as crianças acabaram despertando reações práticas no dia-a-dia escolar, como trazer garrafas de água de casa, jogar cada tipo de lixo no latão certo, economizar papel.
O estudante Vinícius Machado, que coordenou as oficinas de HQ (folhetos) ressaltou ter aprendido a trabalhar com crianças. “Além da oportunidade de por na prática a teoria da sala de aula, a resposta das crianças ao projeto foi muito empolgante, eles realmente aprenderam a cuidar do lixo”.
A acadêmica Paula Grava, que também ajudou nas oficinas, com o grupo de rádio, comentou que projetos como esse são bons, pois se aprende muito. “Naquelas tardes eu voltava à infância, e do mesmo jeito que eu ensinava o que sabia para eles, eles me ensinavam muita coisa também” A academica acrescenta que o mais importante das oficinas é que eles se sensibilizaram com o tema, e passaram até a “criticar” quem faz errado.
Para o ano que vem a professora Diva relatou que espera que os acadêmicos da Faculdade possam continuar com esse trabalho, de integração entre a comunicação e a educação, pois realmente deu certo. E acredita que se aprimorar cada vez mais essa técnica.
O trabalho produzido no colégio quis trazer para a sala de aula, assuntos do cotidiano de cada aluno, para que assim, as crianças façam uma reflexão sobre as suas atitudes diárias e se conscientizem para diminuir a produção de lixo.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Vestibular, "bicho de sete cabeças"


Por Heloísa Ferrari


“O mundo acabou!”. É o que a maioria dos estudantes de terceirão pensa se não conseguir passar na prova decisiva para entrar na universidade e seguir um rumo na vida. Frio na barriga, medo, angústia e entre outras sensações são comuns quando chega a hora da prova.

Diante desse desafio, os vestibulandos sentem uma mistura de tensão com adrenalina. Alguns se perguntam e seu eu não passar, o que vou fazer? Simples, tentar outra vez se é isso realmente que quer. Escolhi o curso certo? Ou se passar, será realmente isso que eu quero? Dúvidas vão sempre existir nesse momento. O negócio é colocar o “tico e teco” para conversarem e arrumar uma solução.

Existem alunos que encaram esse desafio como um rompimento com todas as coisas boas da vida: balada, ficar até tarde com os amigos, churrasco etc. Nada disso precisa ser abandonado, é uma questão de conciliar diversão com estudos.

O vestibular não é um bicho de sete cabeças, é apenas uma prova que cobra os seus conhecimentos adquiridos no ensino fundamental e médio. Então, tudo que você estudou e realmente aprendeu, vai servir de conteúdo nessa prova. É um critério importante para selecionar os candidatos que entram nas instituições públicas ou privadas.

Todos os que estão saindo do ensino médio sofrem desse medo do “bicho de sete cabeças”, mas o segredo é estar calmo. Se não passar, tem outro logo logo e pode ter certeza que seu mundo não vai acabar. A rotina continuará a mesma e é nessa hora que você tem que avaliar quais os pontos em que terá de decicar-se mais para o próximo vestibular.

Enfim, os futuros candidatos ao vestibular vivem em uma realidade de dúvidas e medos, onde a previsão de quando essa fase vai passar só vem depois da prova. Resta esperar primeiro, para depois vir o alívio....

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

“Quando a notícia vira show?”

Wilians Zanchim
Os jornalistas Marcelo Bulgareli, Alan Maschio e Ronaldo Nezo, deram seqüência no segundo dia XII Semana de Comunicação da Faculdade Maringá. Os maringaenses buscaram debater sob a ótica de quando a notícia vira show. Aqui cabe uma pergunta de minha parte: o que é show? Quando a notícia se torna um show?
Creio que a notícia se torna um show em vários momentos. Um exemplo é o que acontece no Jornal Hoje, quando Sandra Anemberg e Evaristo Costa passam ao público em trinta segundos o que de mais importante ocorreu no mundo. É como se os apresentadores fossem cantores e a massa os convidados para participar do show que dura trinta segundos.

“O atual modelo jornalístico brasileiro e a formação profissional”

Wilians Zanchim
O jornalista Leandro Fortes foi o primeiro a palestrar na XII Semana de Comunicação da Faculdade Maringá. Ele iniciou seu discurso falando o jornalismo só deve ser realizado por aqueles que estudaram e se capacitaram para tal atividade. Ai eu fico pensando com os meus botões: até que ponto vale uma formação? O que é melhor? Diploma que traz a teoria ou a prática no dia-a-dia?
Durante o curso de jornalismo, ele aprende o que é para que serve a notícia. Depois de formado, ele coloca a prática da academia no dia-a-dia. Nesse momento começa a dificuldade profissional, balancear os interesses comerciais.
Os meios de comunicações produzem o espetáculo, isto ocorre pela busca da audiência, pois a empresa possui necessidades financeiras como outra qualquer. O jornalista pode fazer espetáculo, desde que não prejudique a sociedade. Um exemplo é quando ele vai fazer uma cobertura jornalística, ele deve investigar a informação e colocar o que é benéfico para sociedade, e não mentir em busca de audiência.