terça-feira, 24 de novembro de 2009

Comércio feirante contra a inovação dos supermercados

Letícia Ribeiro

As feiras livres são uma das atividades culturais mais conhecidas em Maringá, afirma a coordenadora de fiscalização das feiras do município, Ana Paula Meger Capelasso. Mas, com o passar dos anos o comércio feirante está perdendo sua força, explica o aposentado Edineu Fernando da Silva, feirante há 30 anos. “Antes muitas pessoas viviam das feiras livres, mas aos poucos eles foram abrindo outros comércios, alguns feirantes japoneses voltaram para o Japão, e assim as barracas foram diminuindo”.

Mas o feirante também afirma que há quem não deixe de comprar nas feiras, “Faça chuva ou sol, as barracas precisam ser montadas, para que os fregueses não reclamem.” Diz Edineu que trabalha numa barracas de legumes.

Na cidade existem 42 feiras semanais, segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Agricultura de Maringá. Enquanto os supermercados, considerando apenas os cadastrados são 72, confirma dados da APRAS (Associação Paranaense de Supermercados).

A vendedora Patrícia Cristina Naresi, aprendeu com seus pais a consumir produtos das feiras, “Gosto de comprar nas feiras porque é onde eu encontro qualidade”, diz. Mas há quem não pense assim.

A dona de casa Sueli Aparecida Pedroso, diz que prefere comprar frutas, verduras e legumes nos supermercados, pois lá encontra variedades, “Além de poder levar pra casa outros produtos que estão faltando na dispensa, ainda posso pagar com cartão” diz a dona de casa de 45 anos.

Edineu afirma ainda que a maioria dos hortifrutigranjeiros das feiras são melhores, e que quem consome produtos dos supermercados, não se preocupam com qualidade apenas com os preços. “Na feira alguns produtos são mais caros, mas também mais frescos e saborosos”. Diz o aposentado.

A funcionária de um supermercado da cidade, Claudia Lima dos Santos diz que as frutas, verduras e legumes que são vendidas onde ela trabalha, chegam todos os dias, de produtores diferentes. Afirma também, que o número de pessoas que compram é grande, principalmente em dias de feirinhas, que segundo ela, é o dia das promoções.

Uma outra dona de casa, Neuza Dias Martins, reclama do preço alto dos produtos das feiras, “Adoraria poder comprar nas feiras, mas lá é tudo muito caro. A solução é ir para os supermercados e escolher as melhores mercadorias”. Complementa a dona de casa.

Já a feirante há 23 anos, Maria Aparecida Alves, diz que há espaço para as feiras e para os supermercados e que tanto um quanto o outro têm produtos bons e ruins. Sua funcionária Raíssa Carla de Sá, feirante há apenas dois meses concorda com Maria e diz que nas feiras há mercadorias caras e baratas, assim como nos supermercados da cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário